Dia do Folclore Nacional

Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar? Volta e meia começamos a cantarolar essa e outras músicas e antes mesmo que o anel se quebre já vêm à cabeça o saci pererê dando sustos, quando não é a mula sem cabeça fazendo ziguezá ou o curupira indo ao Tororó beber água.

Lendas, danças, canções, desenhos e artesanatos fazem parte do nosso folclore, que por sua vez ajuda a formar a noção que temos do que é ser brasileiro. Para grande parte dos adultos, esses elementos trazem boas lembranças, pois remetem às brincadeiras da infância. Então, que tal aproveitar a proximidade do Dia Nacional do Folclore, celebrado em 22 de agosto, para reforçar a cultura nacional com atividades junto às crianças, aproveitando para falar de temas atuais?

Afinal, as manifestações culturais podem ser antigas, mas não perdem a modernidade. O Boitatá, por exemplo, é uma cobra de fogo que protege a natureza daqueles que a destroem. Quer algo mais em linha com o mundo em que vivemos, mesmo sendo uma lenda indígena citada pelos primeiros jesuítas a aportarem por aqui?



Ilustração: Carla Pilla / Araquarela.com.br

Pois bem, antes que chegue o lobisomem, vamos às sugestões de atividades:

Cantigas de roda: reúna as crianças da instituição parceira em um círculo e comece a puxar de memória aquelas canções que embalaram sua infância. Ou vai dizer que não lembra dos “Escravos de Jó”, de “Fui no Tororó” e do “Marcha, Soldado”? Cada música tem um tema atual que pode ser debatido com as crianças. Por exemplo, o que era o caxangá que os escravos jogavam? O que pode ter acontecido no Tororó para não haver mais água lá? Se não lembrar das músicas, pesquise na internet. Certamente outras virão à cabeça imediatamente!

Oficina de Dança: já que estão cantando, aproveite para dançar! Há diversas modalidades, como a quadrilha, o maracatu, o samba, o xaxado, o forró. Tudo isso faz parte do folclore e é superdivertido de escutar e bailar. O que elas têm de atuais? Como sobreviveram todo esse tempo?

Contação de Histórias: cada estado e, às vezes, cidade, possui um folclore próprio. Vá até a biblioteca mais próxima e peça um livro com histórias sobre o folclore. As obras de Monteiro Lobato são ótimas para isso. Organize um evento com a criançada e comece a contar as lendas. Como empolgação nunca falta, que tal se fantasiar e interpretar cada lenda?

Ilustração de Personagens: figuras do folclore, como o saci, a Iara e a Mula sem Cabeça dependem da imaginação. Como seriam na realidade? Enquanto conta a história, peça para as crianças desenharem o que está sendo narrado.

Brincadeiras: quem disse que brincar não faz parte da cultura? Em tempos de videogames, celulares e televisão, por que não resgatar as brincadeiras “analógicas”, como passa anel, pião, travalíngua etc.

E aí? Prontos para dar a meia volta e cirandar?

Você viu o tema do Concurso Arte com Energia 2016 ? É, justamente, sobre as brincadeiras regionais. Conheça as brincadeiras vencedoras, clicando aqui.