Os jovens enxergam o Brasil como o país do presente e 50% deles estão mais conectados com discursos coletivos do que individualistas. Esta é a visão do estudo inédito O Sonho Brasileiro, que contou com mais de 3 mil entrevistas em 173 cidades do país. Segundo a pesquisa, nove em cada dez jovens (89%) entre 18 e 24 anos têm orgulho de ser brasileiros e 90% quer exercer uma profissão que ajude a sociedade. Além disso, 74% se afirmaram na obrigação de fazer algo pelo coletivo no seu dia-a-dia, enquanto 79% disseram que concordariam em utilizar parte do seu tempo livre para ajudar a sociedade.

O estudo mostra que ganhar muito dinheiro já não é prioridade para grande parcela da geração Y, formada pelos nascidos a partir da década de 80. Apenas 5% elegeram como prioridade “ficar ricos” e somente 15% colocaram o sonho da casa própria no topo de sua lista. Segundo a pesquisa, o principal objetivo desta geração é obter formação profissional e ter um emprego (55%). A pesquisa detectou ainda que estes jovens atribuem um novo sentido para o trabalho. Ele é uma forma de realização pessoal, e não apenas um meio de obter status social ou acumular bens materiais.

Segundo o estudo, depois dos grandes sonhos de revolução dos anos 70 – período marcado pelos governos militares – e dos ideias de êxito profissional, consumo e enriquecimento rápidos que dos anos 80 e 90, o jovem brasileiro de hoje possui sonhos mais conectados ao seu dia-a-dia e busca realizá-los sem deixar de lado o pragmatismo. Esta geração também aponta um novo sentido para o coletivo: 59% dizem que têm que pensar primeiro em si, mas 77% reconhecem que seu bem-estar depende do bem-estar da sociedade e 67% discordam de que devam agir pelo social somente em benefício próprio.

Sem viés de consumo ou fins lucrativos, a pesquisa foi realizada pela Box 1824 em parceria com o Datafolha e com patrocínio do Itaú Unibanco e da Pepsi. Os dados completos estão disponíveis no site O Sonho Brasileiro.