Desde o início do mês de junho, mais de 200 cidades do Sul do país foram afetadas por fortes chuvas que castigaram a região, atingindo principalmente o norte e o oeste catarinense, o norte e noroeste gaúcho e as regiões sul, oeste e sudoeste do Paraná. Os prejuízos são grandes e o número de pessoas afetadas também. Enchentes, enxurradas, inundações e deslizamentos causaram mortes, bloquearam rodovias federais e estaduais e deixaram muitas pessoas desalojadas ou desabrigadas. Saiba como ajudar.

O Paraná sofreu com as chuvas em três momentos durante o mês de junho. Entre os dias 5 e 12, foram 155 municípios atingidos, 229 feridos, 11 mortos e um saldo de 823.690 pessoas afetadas, das quais 10.635 continuam desalojadas e 1.342 permanecem desabrigadas. Entre os dias 13 e 14 de junho, foram 6 municípios atingidos e 3.578 pessoas afetadas, das quais 15 permanecem desabrigadas. No dia 27 de junho, as chuvas voltaram e afetaram 13 municípios, deixando 1.043 desalojados e 148 desabrigados, dos quais 44 e 148 permanecem, respectivamente, nestas condições. Atualmente, 152 municípios estão em situação de emergência no estado e 2 em situação de calamidade pública.

Em Santa Catarina, as chuvas que caíram entre os dias 6 e 10 atingiram 42 municípios, deixando 36 deles em situação de emergência e 2 em situação de calamidade pública. O número de desalojados e desabrigados passou dos 60 mil e foram registradas 2 mortes. No dia 23 de junho, as chuvas recomeçaram e, em algumas cidades, se estenderam até o dia 29. O volume acumulado, que superou os 500 milímetros, é recorde histórico para o mês em todas as regiões e mesmo com o cessar das chuvas, ainda há riscos de deslizamentos. Até terça-feira, 01 de julho, eram 53 cidades atingidas, 37 delas em situação de emergência. Segundo dados da Defesa Civil, o número parcial de desabrigados no estado chega a 7.298 e o de desalojados a 43.790.

No Rio Grande do Sul, a chuva dos últimos dias deu uma trégua nesta terça-feira, mas ainda há desalojados, desabrigados e rodovias federais e estaduais bloqueadas. Segundo boletim da Defesa Civil do estado divulgado nesta quarta-feira, 02 de junho, 88 municípios foram atingidos e 34 estão em situação de emergência. Há 3.156 pessoas desabrigadas e 8.440 desalojadas.

Como ajudar

Em Curitiba, o Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar) e a Defesa Civil estão arrecadando alimentos não perecívies, roupas (especialmente masculinas e infantis), calçados, cobertores, produtos de higiene, limpeza, materiais de cozinha, fraldas (infantis e geriátricas), roupas de cama e colchões. Os itens podem ser entregues na sede do Provopar, na rua Sergipe, 1.712, no bairro Guaira ou nas unidades da Fundação de Ação Social (FAS), como os Cras, que estão solicitando especialmente a doações de colchões. Quem não puder levar, pode agendar a retirada através do 156, o Disque Solidariedade. Os endereços dos mais de 600 postos de coleta da campanha podem consultados aqui e os endereços dos Cras, aqui. No interior, é possível doar em unidades da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, agências do Banco do Brasil e sindicatos filiados à Força Sindical (para acessar os endereços, clique aqui).

No Rio Grande do Sul, os 300 pontos de coleta da Campanha do Agasalho, espalhados por todo o estado, também estão recolhendo doações de água potável, alimentos não perecíveis, cobertores e roupas em bom estado. Para a doação de grandes volumes, como colchões e móveis, é necessário entrar em contato com a Defesa Civil. Na capital, o principal ponto de arrecadação é a Divisão de Relações Comunitárias da Defesa Civil, que fica no Centro Administrativo Fernando Ferrari. Já no interior, as prefeituras e as 11 Regionais da Defesa Civil também estão recebendo doações. A lista completa dos pontos de arrecadação inclui as agências do Banco do Brasil e lojas das redes Zaffari e Bourbon, além de farmácias e órgãos públicos. Para consultá-la, clique aqui.

Em Florianópolis, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) montou um posto de arrecadação no Hall da Reitoria, na Avenida Madre Benvenuta, 2007, no Bairro Itacorubi. As doações podem ser entregues entre 9h e 19h, e são solicitados especialmente água mineral e alimentos não perecíveis. Segundo informações do site G1, no interior, há pontos de arrecadação nas cidades de Palmitos, Joaçaba, Itapiranga, Videira, Itá e Rio do Sul. Os endereços podem ser consultados aqui.