Dia da Não-Violência: seja a mudança que você quer ver no mundo!

Mahatma Gandhi, líder indiano, símbolo da resistência pacífica. Crédito Foto: www.biography.co.uk

A não violência é a maior força à disposição da humanidade. É mais poderosa que a mais poderosa arma de destruição gerada pela inteligência humana”. A frase é de Mohandas. K. Gandhi, o indiano que ficou mais conhecido como Mahatma (a grande alma, em sânscrito) Ghandi. Defensor da paz e do diálogo como forma de resolver conflitos numa Índia em busca da independência e da convivência entre religiões, o líder espiritual, apesar de toda a trajetória, não ganhou um Nobel da Paz. Por outro lado, recebeu uma homenagem das Nações Unidas. A data de sua morte, 30 de janeiro, passou a ser celebrada como Dia Mundial da Não Violência, que nos lembra da importância do cultivo da educação para a paz, da solidariedade e do respeito aos direitos humanos.

O indiano, claro, não foi o único a mostrar que optar pela conversa e pela compreensão é melhor do que usar a força. Vinte anos após a morte de Ghandi, outro grande líder foi assassinado por quem não aceita a paz como caminho. O norte-americano Martin Luther King conduziu manifestações a favor da igualdade de direitos entre as raças nos EUA e sempre se negou a utilizar a violência como forma de protesto, apesar de se dizer um radical. A questão não é se seremos extremistas ou não, mas que tipo de extremistas seremos: os do amor ou os do ódio?”, dizia o pastor.

Malala: o lápis como arma para poder estudar

A violência parece perseguir os que a repelem, mas a história mostra que é preciso insistir. Um dos mais famosos e recentes casos de resistência à força bruta é o da paquistanesa Malala Yousafzai. A adolescente desafiou o regime talibã de seu país durante anos por entender que tinha direito de ir à escola, o que era negado pelos radicais. Mesmo baleada, não desistiu de lutar pelo que acreditava. Para ela, que escreveu livro e um blog, a melhor forma de acabar com a guerra em seu país é por meio da fala e não de balas.

Malala Yousafzai, adolescente paquistanesa que desafiou o talibã para poder estudar.Crédito foto: Facundo Arrizabalaga/EPA

Para mim, o melhor modo de lutar contra o terrorismo e o extremismo é fazer uma coisa simples: educar a próxima geração. Nossos livros e nossos lápis são nossas melhores armas”, afirmou pouco antes de receber o Nobel.

Repelindo a violência no dia-a-dia

Não é preciso muito para lutar pela paz através da não-violência, inclusive nas redes sociais. Veja nossas dicas:

  1. Diante de uma situação de violência, física ou psicológica, denuncie o abuso. Ao receber vídeos, fotos ou conteúdos violentos não compartilhe.

  2. Respeite a diferença: deixe de lado preconceitos, aceite e valorize a diversidade no mundo. Não seja agressivo ao defender suas opiniões e crenças, sem ofensas às outras pessoas.

  3. Preste atenção no que as pessoas estão dizendo, mas não dê ouvidos a blogs ou páginas com discurso de ódio. Em vez de disseminar o conteúdo, ainda que para criticá-lo, denuncie-o.

  4. Bullying virtual é tão sem graça quanto o da vida real. Não deixe o anonimato da internet vencer o bom senso.

  5. Seja gentil. Como dizem por aí, gentileza gera gentileza. Leve essa máxima para a vida.

E você, o que faz pela paz? Conte-nos no box de comentários abaixo. Afinal, como dizia Ghandi, “devemos ser a mudança que queremos ver no mundo”.

Fonte: Portal do Voluntário - texto do jornalista Marcelo Medeiros